Pr. Jorge Antunes

Pr. Jorge Antunes
"Uma voz à serviço do Reino de Deus"

sábado, 9 de fevereiro de 2008

ADEQUANDO A VISÃO DE SEU MINISTÉRIO LOCAL AO MOMENTO HISTÓRICO/PROFÉTICO DA DENOMINAÇÃO

Cada época tem suas características:

o modo como as pessoas pensam,sentem, agem, seus valores, seus conceitos, sua moral, seus princípios, a maneira de viver, os relacionamentos, a arte, a política, etc.

Vivemos o período chamado pós-modernidade, caracterizado pelo relativismo nas relações sociais, onde não há verdades absolutas e tudo depende das circunstâncias, das pessoas, da época, do superficialismo: informações instantâneas e superficiais, relacionamentos descartáveis, do narcisismo: culto ao corpo, egoísmo exacerbado, do materialismo: onde o homem vale o que tem e o ser é suprimido em razão do ter e da fragmentação em todos os níveis relacionais.

Neste contexto, o ser humano se coloca em posição antropocêntrica, ou seja, o centro para o qual convergem todas as coisas e onde Deus é reconhecido como um “Office Boy” de luxo que deve estar à disposição do homem, atendendo a seus caprichos e necessidades imediatas sob pena de ser excluído pelo próprio homem.

Diante deste quadro histórico, entendo que o ministério local não pode abrir mão de pelo menos três grandes desafios: precisamos ter consciência da:

Visão – De como Jesus vê a igreja e sua ação redentora no mundo, sal e luz que ilumina, da sabor e preserva, coluna e firmeza da verdade e para tanto não podemos abrir mão da Teologia Bíblica como instrumento fundamental para manutenção e prática ministerial e da ação evangelizadora.

Missão – Fomos chamados para um sacerdócio profético para proclamar as verdades de Deus em santificação, não como os homens querem ouvir, mas como Deus manda, sob pena de sermos enviados aos “calabouços da obscuridade” e não aos púlpitos iluminados pelos “holofotes da bajulação política”.

Filosofia – É o método que nos diferencia ministerialmente, não existe um ministério pleno, eles se complementam e para tanto é necessário que foquemos nossa chamada e vocação, investindo nela com oração, entendendo como o Apostolo Paulo que “Deus colocou os membros no corpo, cada um deles como quis” (I Co.12.18), visando a unidade do corpo (Igreja) e o aperfeiçoamento dos santos para a obra do Ministério.

Não podemos prescindir da Teologia Bíblica como instrumental para a nossa práxis ministerial. Do mesmo modo que o médico, o advogado, o piloto necessitam dos conhecimentos acumulados das ciências, não podemos sob pretexto de uma “pseudo espiritualidade” ou “inspiração eloqüente” relegar a teologia a segundo plano.

Outra ferramenta importante para o ministério é a política, que durante muito tempo foi excluída de forma preconceituosa de nosso meio sob o pretexto de “ser do Diabo” e portando não apropriada ao “crente”. Acabamos nos tornando reféns de políticos corruptos que vestem “pele de ovelha” na campanha política e penetram em nossos arraiais, seduzindo líderes e crentes incautos com suas “promessas”.

O uso dos meios de comunicação também é necessário para o bom desempenho ministerial se usados com sabedoria e ação evangelizadora e não como espaço de projeção de homens, denominações e produtos.

Quero relembrar aqui a dinâmica da parábola dos talentos em que o Senhor distribuiu os talentos como quis: um, dois e cinco, esperando tão somente a fidelidade “mordomica” de seus servos, devolvida a eles como forma de recompensa por haverem granjeado outros tantos talentos, excetuando-se o que recebera um e por negligencia o enterrara na terra.

Finalizando, quero relatar um episódio ocorrido com um jovem obreiro que ouviu de um pastor antigo: “É meu jovem já não se fazem pastores como antigamente”.

Esta frase preocupou o jovem pastor por muitos dias, até que lhe veio à mente a seguinte resposta: “Já não se fazem pastores como antigamente porque não se fazem pastores para antigamente”.

Que o Senhor nos ajude a compreender estas verdades e desempenhar o nosso ministério para os dias de hoje.

Fiquem na Paz!

Pastor Jorge de Souza Antunes
Conselho de Educação e Cultura COMADESPE

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